FUNK X ROCK : qual é o seu estilo?
Mulheres lideram o mundo da música com sua irreverência e enlouquecem adolescentes.
É fato que a sociedade aceitou a emancipação da mulher. De Rita Lee a Pitty, são elas que mantêm seu sucesso absoluto no mundo da música.
Hoje, quem faz sucesso sofre a pressão de ser modelo para jovens como você, que buscam atitude em seus ídolos.
Viviane Oliveira, 15 anos, conta como se espelha em seus ídolos desde as vestimentas até na atitude: "Na minha última festa coloquei um vestido parecido com o da cantora Tarja Turunen, da banda Nightwish, usado em um concerto que ela esteve. Acho muito normal que as pessoas se identifiquem com suas bandas, mas desde que isso não mude a sua personalidade".
Quem comanda a outra face dos estilos musicais é Tati Quebra-Barraco, dona de uma ousadia e irreverência jamais vistas. Com 24 anos, Tati quebra todos os limites com suas letras debochadas e sai definitivamente do gueto carioca para ensinar a classe A todo seu rebolado: "Admito que fui no show dela e, sinceramente achei o máximo. Costumo freqüentar baladas com outros estilos, mas achei a música divertida", comenta Paula Andrade, 20 anos.
Rebolado também deveria ter Pitty, baiana de raiz, mas que escolheu o rock para ganhar a vida. Começou com uma banda de hardcore, chamada Inkoma, e hoje tem seu estilo próprio, que influencia gente de todas as idades. Em entrevista para a Folha, Pitty fala sobre essa influência que exerce e sobre ser comparada com a roqueira adolescente Avril Lavigne: "Isso não está na minha mão. É uma questão de mídia, da forma como as pessoas divulgam, é a prateleira onde colocam os seus discos. Torço para que a forma como eu faço as coisas fiquem cada vez mais claras".
Leandro Fortino, repórter do caderno Folhateen, entrevistou a cantora Avril Lavigne antes mesmo de ela se apresentar no Brasil e relatou uma cena de extrema influência dela: "Em Porto Alegre, havia uma garotinha de cinco anos no colo da mãe imitando ela", contou. A própria Avril acha "bem legal essa influência que tem sobre as meninas".
É legítima a atitude de Avril, mas ainda é questionado se ela não é uma artista fabricada, alguém que a indústria fonográfica percebeu que faltava no mercado. Talvez tenha sido essa a sacada da Tati Quebra-Barraco, que já está fazendo sucesso até na novela das oito. A personagem Rayssa, interpretada pela atriz Mariana Ximenes, espanta seus problemas dançando funk em seu quarto de luxo: "Algumas atrizes sempre freqüentaram os bailes cariocas. O que aconteceu foi que houve um investimento em torno do DJ Marlboro, um ícone desse estilo no Rio e que antes era conhecido somente pela classe C", explica Daniela Maldonado, carioca da gema, 37 anos.
Daniela acrescenta que os bailes do Rio tinham uma imagem ruim e que depois da cobertura jornalística em torno do assunto, o funk se tornou "mais elitizado": "As pessoas perceberam que essas festas são tranqüilas e que o estilo de música é divertido e não faz apologia às drogas ou ao sexo. Gosto muito do som, mas não sou patricinha não, valeu?!".
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