Gravidez na adolescência, um tema ainda atual
Gravidez na adolescência é um tema polêmico por si só. Principalmente quando envolve gastos para um universitário desempregado. Os dados são claros: desde a década de 50 as mulheres têm engravidado menos e hoje a população mais elitizada, que costumava ter até três filhos, estão tendo somente um. Enquanto a população mais carente que costumava ter até seis filhos, hoje têm quatro. Esse é o caso de Haydée Guedes, uma universitária de 20 anos que se encontra no 7º mês de gestação e mora com seis pessoas em uma casa no bairro do Brooklin. Seu marido, Welington, está trabalhando para economizar dinheiro tanto para o acompanhamento do bebê quanto para comprar uma casa para sua nova família. Hoje em dia já existem tratamentos especializados para todos os tipos de problemas que possam ocorrer durante a gestação ou no pós- parto. “Não tenho tido tantos gastos durante a gravidez, apenas com remédios para dores, cólicas, enjôos e geralmente uma vitamina, que não são caros. Por mês eu diria que gasto R$ 30,00”, comenta a estudante. Maternidades e Hospitais avançados como o São Luís, no Itaim, tem um sistema de proteção ao recém-nascido, onde seguranças especializados acompanham a enfermeira e o bebê até o quarto de sua mãe. Esse é um privilégio que um bom hospital oferece sem custo adicional, porém, em outros casos, para pessoas que não possuem convênio médico as dificuldades aumentam, como afirma a dona-de-casa Ana Lourenço: “Gastei com anestesista, serviços de quarto, remédios, etc. Sem dúvida, devo ter gastado na época (15 anos atrás) uns R00”. Haydée teve dificuldades em lidar com a gravidez, pois sua família é numerosa e, além disso, da religião evangélica, que para muitos pode ser um problema, mas não para a família dela: “No início foi um susto. Meus pais jogaram muita coisa na minha cara, mas depois eles ficaram ao meu lado acompanhando todo o processo da gravidez”, explica aliviada. Hoje ela está no 3º ano da faculdade, mas como sua filha vai nascer no final de julho, está providenciando a licença de três meses que a faculdade oferece, porque assim ela poderá se dedicar inteiramente à criança: “Terei o apoio dos meus amigos e familiares, no entanto, sei que não vai ser moleza, mas vou conseguir ao lado de meu marido”, diz. Ela ainda sente dores nas costas por causa do peso do bebê e já está pensando em como ajudar seu marido a pagar as despesas que o recém-nascido trará: “Essas coisas mais essenciais como carrinho, berço e andador foram dados por amigos e parentes, mas pretendo voltar a trabalhar para suprir as necessidades da minha filha, pois quero que ela estude e tenha seus próprios objetivos”. A estudante acredita em seu futuro e espera ansiosa pela chegada de sua filha: “Creio em Deus e ele me concedeu a benção de poder ser mãe. Minha religião prega o AMOR e eu sei que eu não fiz nada contrário disso. Viver não é prejudicial à saúde”, afirma. Os planos da nova mamãe são: terminar a faculdade e conquistar uma bela casa para morar com seu marido e filha, que nem veio ao mundo, mas já tem um nome: Giulia Luiza.
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